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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
O DESPERTAR DE UMA BRUXA
Pelos meados de 2000ac em uma noite onde a lua parecia que ia explodir de tão cheia, os animais e criaturas pareciam ensandecidos, as ondas soavam longe na pequena cidade de Nortre Dame, uma aldeia cigana em expectativa, os lobos uivam, os seres da floresta atentos, as pessoas esperando. Todos ficam em silêncio, parece que o tempo para, quando finalmente se ouve o choro de um bebê que ao nascer já possuía uma espécie de marca/tatuagem com o símbolo do infinito. Bruxos e ciganos já são festeiros por natureza, ao ouvir o choro da tão esperada criança então...
A inquisição estava no auge, seu povo vivia se escondendo da Igreja, dos caçadores e criaturas malignas. A infância de Mariazinha Avedon foi típica e atípica aos extremos, ela via mais que as outras crianças, sentia mais, no fundo ela sabia que não era tão “normal” assim. Nunca foi a escola, quem ensinava as crianças era a anciã do grupo. Ela sempre contava histórias de como seu povo vivia feliz, dos sabás comemorados ... Sobre a deusa e o deus. Principalmente sobre como a mágika deve ser seguida e sua importância. Aprendeu a respeitar a natureza, porque a conhece e a ama. Porque a ama, cuida. Porque cuida, cura.
Mari (como era chamada por todos) voltando para “casa” após passar por seu ritual da CERIMÔNIA DO PRIMEIRO SANGUE depara-se com uma cena devastadora, fogo por todos os lados, crianças chorando. Absolutamente todos os adultos mortos, esquartejados, queimados, somente as crianças foram poupadas.
Depara-se então com o peso da responsabilidade, após pegar todas as crianças (em torno de 7), acalmá-las, explicar o acontecido e orientá-las. Mariazinha coloca todas na carroça na qual havia ido para seu ritual e as deixa em um orfanato, sob a promessa que um dia as encontrará, que as mesmas nunca percam as esperanças e nunca deixem a magika morrer, porém que misturem-se muito bem à aqueles que não vêem o que os escolhidos vêem.
Ao sair do orfanato, respira fundo e pensa *-Mãe me ajude, me guie e me guarde, que a deusa sempre esteja comigo...* Entrou no emaranhado da floresta para se esconder dos caçadores de bruxas e dos sem fé na Deusa, lá manteve-se reclusa por alguns outonos, fez sozinha os sabás e rituais que lhe cabiam, sem esquecer nenhuma data. Nas profundezas mais escuras da floresta aprendeu a dominar os demônios mais poderosos, os seres mais horrendos e principalmente a controlar sua mágika.
Decidiu então que já era hora de enfrentar o mundo exterior, penteou muito bem os cabelos, colocou na cabeça sua jóia de família, o vestido que havia feito, suas jóias nos pés e mochila... Seus olhos tomaram outra vida, ela apagou sua fogueira, colocou o pêndulo cuidadosamente amarrado na alça do sutiã e foi saindo da floresta.
Após tantas batalhas com demônios e outras criaturas ela avista uma cidade. Sentindo-se amaldiçoada, impura, enfeitiçada, com medo e ansiosa ela vai de encontro ao mar e diz baixinho - Eu pratico este gesto de purificação, No local do início de toda vida; As ondas cobrem o corpo e o espírito; A poeira cai no mar que limpa; Estou renovada e fresca, Fresca como o mar –
Ela saiu da água e deixou que o vento a secasse andando em direção a TON...
To be Continued...
FEITO POR: Gabrielle Reis
NOME DO PERSONAGEM DA AUTORA: Mariazinha Avedon
MUITO OBRIGADO!
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Adoro RPG, adorando RPG adoro esses contos perdidos no tempo e na imaginação.
ResponderExcluirVenho aki, demonstrando meu apreço, Dar-lhe o Prêmio Dardos
Um Selo, entre blogs, por qualidade de conteúdo.
Pegue-o aqui:
http://literatium.blogspot.com/2011/01/de-volta-ao-trabalho.html
Parabéns