A dor de ser vítima
Os fatos que irei relatar agora, devem servir de alerta as autoridades vigentes de New York, afim de melhorar a segurança de seus moradores.
Mudei recentemente para a cidade e logo que cheguei, diversos fatos curiosos veem sequencialmente me acontecendo. Obra do destino? Não. O destino não seria tão cruel com um trabalhador que luta por sua sobrevivência.
Ao localizar meu ambiente de trabalho “The New York Times” entro para o reconhecimento e percebo que uma brasília amarela pára na calçada, em frente ao jornal, impedindo que saíssemos de lá. Ao me aproximar do rapaz visivelmente alterado, portando uma arma letal, dançando no capô do carro um rap extremamente alto, percebi o perigo. Ele me olhou profundamente, bloqueando minha ação de pedir que ele saísse.
Percebi que se tratava do filho marginal de uma grande amiga, Mirella Arun. Rapaz implicante e que vivia para dar trabalho aos pais e que eventualmente (quase sempre) grudava chicletes em meus cabelos, implicava comigo enfim.
Esse rapaz, por pressão psicológica praticamente me obrigou a comprar drogas. Me extorquiu 200 dólares e ainda grudou em meus cabelos o chiclete nojeto que mascava.
Mais tarde, enquanto eu passeava de carro, fui novamente vítima deste meliante. Ele me seguiu, bateu meu carro com sua brasilia amarela e me encurralou em um beco do Bronx e disse:
[09:08] Play Arun (jjeanderson.claremont): sabe pq vc esta aki? Vc publicou a foto da nossa boca de fumo. Quero 2000 dólares ou você morre.
No exercício de meu trabalho, ele me amarrou no poste de iluminação pública e me bateu muito. Foram tapas e socos por minutos que pareciam horas, além de tiros na perna, nas mãos. Queria me matar aos poucos. Porém, ele não esperava que o comandante Danohr Mcandrews estivesse em ronda exatamente na hora em que tudo aconteceu.
Uma negociação tensa aconteceu e encerrou com uma troca de tiros pelas ruas do bairro e eu, desta vez vitima, jogada ao chão toda ensanguentada.
Fui socorrida e aqui estou para pedir que as autoridades resolvam a situação de insegurança e criminalidade que assola Nova York, a cidade que nunca dorme e que hoje é conhecida por guerras sangrentas de gangues, que lutam entre si pela dominação de bairros rivais. Não durmam para as dores das vítimas e suas famílias.
Denise Freitas Belgar
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário